Nova geração do Audi A3 faz os esportivos Golf GTI e Civic Si parecerem coisa do passado

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Ficou indeciso entre o Civic Si e o Golf GTI, mostrados no comparativo de ontem? Que tal levar um A3 importado com câmbio S-Tronic e 200 cv de potência? Para quem tem cerca de R$ 45 000 a mais no bolso, é uma excelente pedida.

Vem daí nosso lamento do título. Se a 2ª geração do A3 tivesse sido introduzida na linha de montagem de São José dos Pinhais, no Paraná, os dois esportivos nacionais mais falados do momento teriam um senhor concorrente, se não um modelo para deixá-los em segundo plano.

Tudo isso porque o A3 Sportback 2.0 TFSI com câmbio de seis marchas e dupla embreagem chega aqui por R$ 145 500 contra R$ 99 500 do Honda e R$ 91 525 do Volkswagen. Uma diferença significativa, é verdade, mas que compensa. Basta dizer que enquanto o Si levou 8s4 para ir de 0 a 100 km/h e o GTI um pouco menos (8s1), o A3 testado pelo editor Daniel Messeder, da revista Carro, cravou 7s0! E estamos falando de um câmbio de acionamento eletrônico...

Hatch ou perua?

Duas características saltam aos olhos ao se deparar com o novo A3. A primeira é que o carro cresceu no entreeixos (7 cm) e, sobretudo, no comprimento, 13 cm a mais que a geração anterior. Junte-se a isso o projeto de Walter De’ Silva, o renomado designer, que deixou os vidros mais estreitos e alongou a traseira do carro a ponto de lembrar uma perua esportiva.

De frente, a marcante grade em formato trapezoidal dá o tom da evolução, somado aos faróis cujo capô invade a parte deles, conferindo ao carro um ar agressivo. O interior segue o padrão Audi, com painéis pretos e iluminação vermelha, mas há novos recursos como o ar-condicionado dual-zone e o sistema de som Audi Symphony com capacidade para seis cds, entre outros.

Dupla personalidade

Esqueça o visual do A3. O melhor do carro começa a ser mostrado ao ser ligado. Se a química entre o motor 2.0 TFSI (um turboaspirado de injeção direta, também usado no VW Passat e no Audi A) e o câmbio CVT Multitronic já era das melhores, o casamento com a transmissão S-Tronic mostrou-se superior ainda.

Para quem não conhece, o S-Tronic é um câmbio automático de seis marchas com embreagem dupla. Com isso, uma delas se encarrega de engatar a 1ª, 3ª e 5ª, e a outra a 2ª, 4ª e 6ª. Ou seja, não há uma troca de marchas no câmbio e sim de embreagem. Graças à esse recurso, pula-se se uma marcha a outra em apenas 0s2, algo quase impossível de ser feito em um câmbio manual.

Mas não é só isso. Eixo dianteiro e traseiros são instalados em sub-chassis, que por sua vez são concectados a carroceria. Com a ajuda de sistemas eletrônicos de estabilidade, o comportamento do A3 Sportback é coerente com as exigências do percurso e da velocidade do carro. Para completar, a direção eletromecânica contribui com precisão tanto em situações mais lentas quanto em altas velocidades.

O resultado disso de todo esse conjunto é um comportamento agressivo quando o carro é instado a entregar velocidade e aceleração. Mas tudo de forma progressiva, sem solavancos e sem desconforto. Até mesmo um amante dos câmbios manuais será obrigado a reconhecer as virtudes do S-Tronic.

Embora seu acionamento se dê de maneira tradicional, deslocando a alavanca para direita, é permitido utilizar as borboletas atrás do volante em qualquer situação. Ao fazer isso, o display passa a mostrar com destaque a marcha engatada. Ao parar o carro num semáforo, o câmbio volta ao modo Drive.

Se você pensou que o A3 é um carro com apenas um objetivo, andar rápido, se enganou. Ele se mostrou excepcionalmente dócil e confortável em baixa velocidade e trechos urbanos. Potência e torque são entregues na medida, em nada lembrando as possibilidades do conjunto, sem falar no consumo de combustível modesto para um motor com 200 cv de potência.

Vá de top

Se não tem adereços de um esportivo – exceto pelas rodas aro 17 com pneus 225/45 – o A3 faz mais que os esportivos nacionais sem precisar de muito esforço. Se você gostou e quer comprá-lo, nem pense em optar pelo 2.0 manual. Embora seja R$ 7 000 mais caro, o desempenho compensa como também as caras de assustados dos donos de outros carros potentes quando o virem acelerando esse Audi de personalidade única.


























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